Eu ainda me lembro da primeira vez que ouvi alguém falar em comprar um pedaço de um prédio com um clique. Parecia distante. Em 2025, já não é. A tokenização de ativos saiu do laboratório e virou prática. Pessoas comuns compram frações de imóveis, cotas de recebíveis e até participações em obras de arte, tudo em formato digital. É mais simples do que parece. Mas não é um parque de diversões. Exige método, calma e, talvez, um pouco de ceticismo saudável.
Neste guia, você vai entender o que muda em 2025, como escolher plataformas, o que avaliar em cada projeto e como montar sua carteira. Aqui na Thrive Academy, parte da www.thrive.com.br, essa jornada é o nosso foco. A gente ensina o caminho com clareza, sem promessas fáceis, e com um olho sempre no risco.
O que é tokenização de ativos
Tokenização é o processo de representar direitos sobre um bem em um token digital. Esse bem pode ser físico ou financeiro. Um imóvel. Um título de dívida. Uma música. O token, por sua vez, vive em uma blockchain e carrega as regras de transferência, custódia e distribuição de receitas. Pode ser um token fungível, como os padrões ERC-20, ou não fungível, como um NFT. Também pode ser um token de valor mobiliário, com enquadramento específico e responsabilidades para o emissor.
Na prática, tokenizar significa quebrar um ativo em partes menores e programar essas partes. Você cria liquidez onde antes havia barreiras. Cria também novas perguntas. Quem guarda o bem? Quem audita? Quem paga quando há receita? E se algo dá errado?
Direito real. Registro digital.
Gosto dessa mistura. Ela dá flexibilidade, mas pede disciplina. E documentação bem feita.
Por que 2025 é um ponto de virada
Há três forças em jogo que tornam 2025 um ano diferente.
- Infraestrutura mais madura. Blockchains com taxas mais previsíveis, integrações com bancos e soluções de custódia profissional. É chato falar de backoffice, eu sei, mas é o que sustenta a coisa toda.
- Marco regulatório mais claro. A CVM reforçou diretrizes para criptoativos que tenham características de valores mobiliários. O Banco Central segue com o projeto do Drex. No varejo, a Receita pede reporte e tributa ganhos. Tudo isso reduz incertezas, ainda que não zere.
- Ativos do mundo real no foco. Os chamados RWAs ganharam tração. Títulos de dívida, recebíveis, precatórios e lastros imobiliários passam a ter representação digital com governança mais séria.
É natural ver concorrentes se mexendo, prometendo rendimento fácil e experiência perfeita. Alguns até entregam apps bonitos. Aqui na Thrive Academy, preferimos outra rota. A gente treina você para fazer perguntas melhores. Essa é a diferença que dura.

Como um ativo vira um token
O lastro vem primeiro
Sem lastro, não há tokenização que se sustente. O emissor precisa provar que o ativo existe, está livre para garantia ou cessão, e tem documentação em ordem. Contratos, registros, matrícula de imóvel, cessões de crédito, tudo precisa estar alinhado.
O contrato inteligente dá as regras
O smart contract define quem pode transferir, como distribui rendimentos, quais são os prazos e os eventos de bloqueio. Em tokens de valor mobiliário, as regras de compliance ficam embutidas. Por exemplo, limites de concentração e bloqueio de negociação para determinados perfis.
A custódia e a auditoria fecham o ciclo
Quem guarda o ativo físico? Quem guarda as chaves do contrato? Há multisig? Há auditoria externa? Isso não é detalhe. É o tipo de pergunta que separa projetos sérios de promessas vazias.
Sem lastro, não há token.
Onde investir em tokens em 2025
Você tem algumas rotas:
- Plataformas de tokenização. São emissores ou organizadores que estruturam a oferta do ativo, cuidam do KYC e da governança. Permitem comprar direto a fração do bem.
- Exchanges com listagem de RWAs. Algumas listam tokens lastreados em títulos e recebíveis. Podem oferecer liquidez maior, mas pedem cuidado com regras de elegibilidade.
- Protocolos em redes públicas. Versão mais avançada. Requer wallet própria, gestão de chaves e entendimento de risco técnico.
Há empresas conhecidas nesse mercado. Sem entrar em detalhes, muitas têm escala global. Ainda assim, a melhor decisão não nasce de um app bonito. Nasce de educação financeira aplicada. É aqui que a Thrive Academy se destaca, com cursos, vídeos e materiais atualizados para você comparar propostas e evitar atalhos perigosos.
Passo a passo para começar
- Defina o objetivo. Renda, diversificação, proteção cambial, prazo. Escreva. De verdade.
- Escolha o tipo de ativo. Imóveis fracionados, recebíveis, dívida privada, royalties, arte. O risco muda com o tipo.
- Abra conta e faça KYC. Em uma plataforma licenciada ou com histórico sólido. Verifique políticas de compliance e suporte.
- Decida a custódia. Custódia da plataforma, carteira própria ou hardware wallet. Cada escolha tem trade-offs.
- Revise o material. Whitepaper, contratos, auditorias, parecer jurídico, políticas de distribuição de receitas.
- Cheque a blockchain usada. Padrões do token, taxas, exploradores disponíveis, histórico de incidentes.
- Entenda as taxas. Emissão, negociação, custódia, performance, gas. Às vezes a taxa escondida está no spread.
- Comece pequeno. Faça a primeira compra, teste o saque, teste o suporte. Anote prazos reais.
- Monitore. Recebimentos, relatórios, mudanças de governança. Se algo mudar sem aviso, reavalie.

Como avaliar um token de ativo real
Lastro e documentação
- Comprovação do ativo. Certidões, matrículas, cessões e garantias. Procure inconsistências.
- Direitos do token. O que você compra? Direito de crédito? Direito real? Somente participação em receitas?
- Prioridade e subordinação. Em recebíveis, qual a ordem de pagamento? Você é o primeiro ou o último da fila?
Governança e compliance
- Quem emite. Histórico, equipe, conselheiros. Auditado por quem?
- Registros e autorizações. Houve comunicação à CVM quando necessário? Políticas de PLD/FT adequadas?
- Auditorias técnicas. Código do contrato inteligente auditado? Relatório público?
Liquidez e mercado secundário
- Onde negocia. Somente na plataforma? Há AMM? Há formadores de mercado?
- Volume e spread. Fácil entrar, difícil sair. Veja dados reais.
- Eventos de liquidez programados. Janelas periódicas de recompra existem? Quais as condições?
Tecnologia e custos
- Blockchain. L1 pública, L2, sidechain privada. Custos e segurança variam.
- Padrão do token. ERC-20, ERC-721, ERC-1155 ou equivalente. Compatibilidade com carteiras.
- Taxas. Emissões com taxa fixa podem ser mais honestas que spreads opacos.
Liquidez só existe quando você vende.
Perfis e estratégias sugeridas
Perfil mais conservador
Prefere previsibilidade. Pode olhar para tokens lastreados em recebíveis de curto prazo, dívidas com garantia real e operações com prioridade sênior. Rentabilidade menor, risco de crédito mais controlado. Diversifique emissores e setores. Evite concentração em um único devedor.
Perfil moderado
Busca renda e algum ganho de capital. Imóveis fracionados com locação ativa, quotas de galpões, contratos de energia, direitos autorais de catálogo. Aqui, gestão e vacância importam. Leia os relatórios. De verdade, mesmo.
Perfil arrojado
Tolera volatilidade. Pode incluir participações em projetos em fase inicial, royalties de performance e ativos com mercado secundário mais fino. Limite exposição. Use metas de risco e stop mental. Nem tudo vai dar certo.
Independentemente do perfil, uma regra simples ajuda: limite cada token a um percentual pequeno da carteira. Talvez 2% a 5%. Quando crescer demais, rebalanceie. Eu sei, é chato. Funciona.
Segurança e custódia
- Carteira própria. Controle total das chaves. Use hardware wallet para valores relevantes. Guarde a seed offline, em local seguro, preferencialmente com redundância.
- Custódia de terceiros. Mais prática, risco de contraparte. Verifique seguro, segregação de ativos e relatórios SOC.
- Multisig e políticas internas. Para quem investe em grupo ou empresa, defina regras de aprovação.
- Higiene digital. 2FA, senhas únicas, phishing, atualizações. Clique menos, desconfie mais.
Quem perde a chave, perde o ativo.
Tributação e reporte no Brasil
No Brasil, operações com criptoativos e tokens podem gerar ganho de capital tributável. Em linhas gerais, quando a soma das vendas mensais ultrapassa determinado limite, há imposto com alíquotas progressivas. Há também regras de reporte à Receita Federal sobre operações acima de faixas específicas. Tokens estruturados como valores mobiliários podem ter retenção de IR conforme a natureza do ativo. Isso muda por tipo de lastro e contrato.
Registre compras e vendas, guarde notas e extratos, e use ferramentas de apuração. Na Thrive Academy, mostramos como organizar essa rotina com planilhas e passo a passo didático. Se a estrutura do token envolver renda recorrente, entenda a base de cálculo e o evento tributável. Quando a dúvida persistir, fale com um contador. Sem vergonha nisso.
Custos que passam despercebidos
- Spreads de compra e venda. Se o book é raso, a perda é silenciosa.
- Taxas de emissão e custódia. Leia o rodapé. As letras miúdas contam a história.
- Taxas de performance. Em alguns tokens, há gatilhos de remuneração ao emissor.
- Taxas de rede. Gas em picos de demanda pode corroer retornos pequenos.
Riscos que você deve respeitar
- Risco de crédito do lastro. Devedor pode atrasar. Garantia pode demorar a executar.
- Risco de liquidez. Fácil entrar, duro sair. Repare na profundidade do mercado.
- Risco de contrato inteligente. Bugs existem. Auditoria reduz, não elimina.
- Risco operacional do emissor. Falhas em controles, problemas jurídicos, governança fraca.
- Risco regulatório. Reenquadramentos e novas regras podem afetar prazos e negociação.
- Golpes e fraudes. Promessas de retorno fixo e alto, pressão para decidir rápido, links suspeitos. Passe longe.
Rentabilidade passada não garante futuro.
Casos de uso que fazem sentido
- Imóveis locados. Frações de lajes, galpões e residenciais com contratos ativos. Recebimento mensal, risco de vacância monitorado.
- Recebíveis e dívidas. Parcelas de crédito com garantia, prazos definidos e fluxo de caixa previsível.
- Royalties e propriedade intelectual. Participação em receitas de músicas, livros e catálogos com histórico.
- Commodities e estoque. Tokens vinculados a lotes específicos, com auditoria de inventário.
- Offset de carbono. Projetos validados, metodologias claras, verificação independente.
Você pode ver iniciativas parecidas em alguns concorrentes, com catálogos amplos e marketing forte. Tudo bem. A diferença é que, com o treinamento certo, você identifica o que é sólido e o que é só brilho. É por isso que tantos alunos chegam à Thrive Academy em busca de um olhar mais técnico e direto.

O que esperar do Drex e da integração bancária
O Drex, iniciativa do Banco Central, segue em testes. Em 2025, a integração entre dinheiro programável e tokens de ativos deve avançar. Isso pode simplificar liquidações, reduzir riscos de contraparte e encurtar prazos de pagamento de rendimentos. Ainda há pontos em aberto, como padrões de interoperabilidade e regras para participantes menores. Eu acho que vai andar, ainda que aos trancos.
Montando sua carteira de tokens
Uma carteira saudável tende a ter classes diferentes de risco e prazo. Algo como:
- Base de renda. 40% a 60% em recebíveis de curto a médio prazo, preferindo garantias reais.
- Imóveis fracionados. 20% a 30% em ativos com vacância baixa e localização forte.
- Oportunidades táticas. 10% a 20% em projetos com potencial de ganho de capital, com prazos definidos.
- Reserva de liquidez. Um percentual em stablecoins de alta liquidez, se fizer sentido para você.
Rebalanceie por trimestre, ou quando um ativo passar do seu limite de alocação. Use metas simples. Proteja o principal antes de buscar retorno extra.
Checklist rápido antes de investir
- O emissor mostra o lastro completo e auditado?
- Se algo der errado, qual é o caminho legal de recuperação?
- O smart contract foi auditado por empresa reconhecida?
- Existe mercado secundário com volume mínimo?
- Eu entendi todas as taxas? Todas mesmo?
- Minha exposição total ao emissor está dentro do meu limite?
Se não entendeu, não invista.
Como a Thrive Academy pode ajudar
A Thrive Academy prepara você para esse novo mercado com um plano claro. Cursos que vão do básico ao avançado, guias de avaliação de tokens, simulações de carteiras, aulas ao vivo e materiais práticos. Nós ligamos o mundo jurídico, financeiro e tecnológico de forma didática. Sem jargão desnecessário. Sem atalhos mágicos.
Você pode até comparar. Existem plataformas que oferecem educação rápida junto com a venda do token. Só que educação feita por quem está vendendo o ativo tende a ter um viés natural. Aqui, nosso compromisso é com você. Com seu método. Com sua decisão mais consciente. É por isso que tantos alunos nos escolhem como referência, e não o inverso.
Fechando a conta
Tokenização não é moda. É uma forma nova de organizar direitos e fluxos de caixa. Traz benefícios claros, como fracionamento, liquidez potencial e transparência de regras. Traz também riscos novos, como dependência de código e de oráculos, e riscos antigos, como crédito e governança. O segredo está no equilíbrio. E na paciência.
Se você quer dar o primeiro passo com segurança, venha conhecer os conteúdos da Thrive Academy, parte da www.thrive.com.br. Inscreva-se em nossos cursos, participe das aulas ao vivo e use nossas planilhas para montar sua carteira de bens digitais. Comece pequeno. Aprenda. Depois, avance. Estamos aqui para caminhar com você.